TJPR

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), por meio da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI), promove até quinta-feira (12/12) duas exposições de artes na esplanada do Prédio Anexo. A ação faz parte do projeto “Judiciário inclusivo e acessível”, que visa sensibilizar e conscientizar a promoção de direitos e o atendimento adequado às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no Poder Judiciário. O presidente do TJPR, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen visitou à exposição acompanhado de outros magistrados e integrantes da comissão.

Exposição de fotos: “Acessibilidade, Inclusão e Cidadania da Pessoa com Deficiência: um cuidado contínuo pelo Judiciário” 

A exposição apresenta fotografias produzidas por magistrados, servidores e demais colaboradores do TJPR com e sem deficiência. As imagens retratam histórias que se remetem ao processo de inclusão da pessoa com deficiência no Poder Judiciário do estado do Paraná, além de soluções de acessibilidade nos fóruns e no espaço urbano no estado. 

O servidor autista Gonçalo Faical Valim, da comarca de Primeiro de Maio, ressalta a importância do projeto: “A possibilidade de participar desse projeto pela exposição de fotos no Tribunal transmite-nos a sensação de acolhimento institucional à pessoa com deficiência. A abertura de espaço para exibição das fotos indica a existência de espaço para todos e todas, independentemente de diferenças. Pudemos demonstrar com imagens que existimos e fazemos parte da Justiça do Paraná.” 

Foram enviadas 37 fotografias, de diversas comarcas, que retratam a acessibilidade nos prédios do Judiciário e no cotidiano fora do TJPR com servidores com deficiência exercendo suas atividades laborais, inclusão nas eleições municipais de 2024 e outras situações de inclusão no cotidiano. 

O servidor do 14º Juizado Especial Cível e Criminal Fabiano Machado da Silva, pessoa com deficiência física, agradeceu a participação no projeto: “Foi uma honra ter participado do projeto Judiciário Inclusivo e Acessível do TJPR. Ter uma foto minha selecionada e exposta na exposição é uma satisfação imensa.” 

Entre os trabalhos, há uma miniatura do Palácio da Justiça impresso em 3D por uma máquina Anycubic Photon Mono 2, que utiliza resina fotossensível à base de óleo de soja. O projeto da maquete foi elaborado pela servidora Helena Moro, e a impressão da miniatura foi feita pelo analista de sistemas Fabio Gugel. O objetivo da obra é possibilitar que pessoas com deficiência visual sintam, por meio do tato, como é a estrutura do TJPR.

Exposição “Expressão Artística” 

A segunda exposição apresenta os trabalhos de alunos do Centro de Arte Cultura e Inclusão, a Inclusive nas Artes, uma associação sem fins lucrativos que oferece a oportunidade para que pessoas com deficiência possam desenvolver novas habilidades e despertar suas potencialidades a partir dos três pilares de atuação: artes cênicas, visuais e musicais. 

A fundadora da Inclusive nas Artes, Adriana Villar agradeceu o espaço disponibilizado para a exposição: “Gostaria de manifestar minha mais profunda gratidão ao Tribunal de Justiça pela valiosa oportunidade de realizar a exposição de trabalhos de pessoas com deficiência, os beneficiários da Inclusive nas Artes. Essa iniciativa não apenas valoriza a diversidade e o talento, mas também fortalece a inclusão, sensibilizando a sociedade sobre a importância de criar espaços para que todas as vozes e expressões sejam reconhecidas.” 

O trabalho tem como objetivo promover a inclusão por meio da arte, valorizando-a e proporcionando um espaço para a sua expressão artística. Dessa forma, propõe-se quebrar estereótipos e preconceitos, e demonstrar que a deficiência não limita o talento, a criatividade e a capacidade artística. 

Clique aqui e conheça mais sobre o trabalho da associação. 

Projeto “Judiciário inclusivo e acessível” 

O projeto da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI), elaborado em parceria com o Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (TJPRlab), o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (SG-NAI) e o Observatório de Direitos Humanos (ODH) do TJPR, visa realizar ações de sensibilização para a conscientização e promoção de direitos e o atendimento adequado às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no Poder Judiciário. O projeto promove ações como: palestras, rolê inclusivo, atividade esportiva inclusiva e expressão artística.